Palestra no Núcleo Paulo e Estêvão
Mayse Braga inicia seu ciclo de
palestras no Lar de Tereza
Por Sandra Malafaia
No último domingo, dia 21 de outubro, o Núcleo Paulo e Estevão, do Lar de Tereza (LT), recebeu
a oradora espírita Mayse Braga. Sob o tema A Revista Espírita e
Kardec, a exposição fez parte do ciclo de palestras que essa carioca – moradora de Brasília – fará, até o dia 27 deste mês, em vários Centros de sua cidade natal.
Segundo Mayse, a leitura da Revista Espírita é fundamental para o melhor
aprendizado do Espiritismo. “Há lições maravilhosas na
Revista, que nós ignoramos e que são de grande valia no auxílio de nossa
transformação interior”, afirmou a palestrante.
De acordo com Mayse, em seus artigos e nos comentários de Allan Kardec, a
Revista Espírita nos recorda episódios, descritos em O Céu e o Inferno, por
exemplo, que o codificador fez questão de colocar para nos lembrar “que nosso
coração não morre nunca e que nosso espírito eterno precisa se renovar de todas as maneiras”.
A palestrante frisou que o professor Rivail estudou na escola de Pestalozzi, um revolucionário na educação, e
que se, assim não fosse, a Doutrina Espírita “poderia não existir”.
“É muito fácil falarmos apenas de histórias felizes, como se a nossa vida fosse feita
só desses momentos, quando é na luta, na dificuldade, nas frustrações que nós, inclusive, aprendemos a ser felizes, apesar
das dificuldades”, afirmou Mayse.
Preconceitos
Salientando que Kardec também sofreu preconceitos, na época, Mayse destacou um momento de alento do
codificador ao saber que O Livro dos Espíritos havia impedido que um homem se
suicidasse!
“O homem queria se matar porque sua esposa havia morrido. Após ler o Livro dos Espíritos, ele foi procurar Kardec para agradecer e disse que havia, então,
entendido que, caso se matasse, não encontraria a sua esposa. Ao contrário, teria se afastado ainda mais porque ela havia cumprido o resgate e ele forçaria a morte através do
suicídio”, contou a expositora, acrescentando que o índice de suicídios, em Brasília, bateu record, este ano, e que tal assunto
precisa ser discutido.
“Enquanto não discutimos, ele avança, inclusive com crianças e
idosos”, disse.
Reforma Interior
Mayse também abordou a importância da reforma interior. Ela comentou o fato de muitas pessoas irem tomar passe ou
frequentarem a Casa Espírita e depois resolverem trocar de Centro por achar que
o mesmo seja “fraco”!
“O problema não é do Centro Espírita, é da pessoa, que não se
modifica para melhor em seus pensamentos e atos. Vale lembrar que Jesus dizia: – Vai e não peques mais para que não te ocorra coisa
pior”, lembrou.
A palestrante afirmou, ainda: “Precisamos colocar a Doutrina
Espírita em nosso dia a dia. Somos diferentes, mas, com as nossas diferenças
respeitadas, podemos fazer uma humanidade maravilhosa!”
E aconselhou: “Acordemos todos os dias e afirmemos – eu posso
porque confio em ti, senhor! Eu posso porque confio em mim e vou transformar a
minha vida e superar todos os obstáculos!”
Concluindo sua palestra, Mayse destacou que Emmanuel dizia: “Ama e
receberás a benção do amor”.
Complementando: “Amemos até doer, como dizia Madre Teresa de
Calcutá. Quando ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1979, disse que a única coisa que todo ser humano quer é ser aceito e ser amado”.
Após
a palestra, Mayse recebeu das mãos de João Aparecido Ribeiro, vice-presidente
do Lar de Tereza, o livro Sigamos Juntos, uma síntese biográfica do LT, escrita pela
fundadora da Casa, Brunilde Mendes do
Espírito Santo.
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